Tecnologia no Pantanal
Luz elétrica é novidade em terras pantaneiras. Hoje com 34 anos, conheci freezer, geladeira e ferro de passar tocados a gás. Lamparina e lampião também vi funcionando, e isso não deve ter mais de 30 anos.
A energia solar, muito na moda hoje em dia, já era realidade nas fazendas que visitei, por volta dos anos 2000. Obviamente uma versão muito diferente da que conhecemos hoje. Normalmente as fazendas possuíam uma pequena placa solar com aproximadamente 1 metro de comprimento por 50 cm de largura. A energia era armazenada em grandes e pesadas baterias de caminhão, e servia para alimentar o rádio amador e algumas lâmpadas “frias” – bem fraquinhas – espalhadas pela casa.
A comunicação era só por rádio. Dava um trabalhão. Então veio a energia elétrica e os celulares e o que temos hoje é um pantanal conectado. Bom, mais ou menos também. Há muitos lugares onde celular não pega. Mas, em toda fazenda, há sempre um lugarzinho, encima de uma cerca, no canto de uma varanda, próximo a uma árvore, onde o sinal chega.
Durante as gravações do Pecuária Pantaneira me surpreendi com os lugares onde conseguia usar o celular. Fazia ligações para a casa de 100, 150 Km de qualquer cidade.
Entretanto, usar o celular ou o computador no Pantanal é muito diferente de usar na cidade. Parece que a tecnologia incomoda. Estamos sempre tentando desligar a chamada ou fechar a tela do computador pra voltar novamente os olhos para as belezas do lugar.
Por Dener Dias
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